O motorista Reginaldo Ferreira da Silva, de 41 anos, prestou depoimento à Polícia Civil, e teria informado que não tem habilitação e havia ingerido bebida alcoólica antes de disputar o racha que provocou o atropelamento de 10 pessoas e matou seis em Mogi das Cruzes (SP), na madrugada deste sábado (28).
Reginaldo foi preso em flagrante por homicídio doloso e embriaguez ao volante. A polícia ainda procura o condutor do outro veículo que disputou o racha. Segundo o delegado Daniel Miragaia, que registrou o caso, assim que for identificado ele poderá ser preso. "Se ele for identificado, será preso em flagrante sem possibilidade de fiança", disse.
Ainda de acordo com o delegado, Reginaldo teria dito em depoimento que dirige há 20 anos sem habilitação. Na noite de sexta-feira (27), ele e mais quatro pessoas estavam em uma festa e ingeriram bebida alcoólica e entraram no carro para ir à outra festa. Ainda no depoimento motorista contou que, no caminho, foram ultrapassados por outro veículo que fez sinal para uma disputa racha, e os dois motoristas começaram a disputa, que terminou no acidente.
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O motorista perdeu o controle do veículo e atingiu um grupo de dez jovens entre 13 anos e 22 anos que estavam em um terreno. Após a colisão, um dos carros capotou. O acidente aconteceu por volta da 00h30 deste sábado e seis pessoas morreram no local. Outros três jovens tiveram ferimentos leves e um menino de 15 anos foi socorrido para a Santa Casa de Mogi das Cruzes e passa bem. Os familiares das vítimas que morreram aguardam a documentação para transferir os corpos para o IML da cidade.
Os ocupantes do veículo também tiveram ferimentos leves. De acordo com a Polícia Militar, Reginaldo fugiu do local do acidente e foi localizado durante diligência. Segundo o delegado, ele foi preso em flagrante e permanecerá preso. Já o condutor do outro veículo fugiu. Um para-choque com a placa do carro pode ajudar a polícia a encontrá-lo.
A velocidade permitida na Avenida Japão é de 50 km/h mas o velocímetro de um dos veículos travou em 120 km/h no momento da colisão. Uma perícia deve indicar a real velocidade em que os carros estavam.
"Foi Deus"
Júlio Baptista estava entre o grupo de jovens que foi atingido. "Foi Deus mesmo. Eu nem vi o que eu fiz", se lembra. "Não sei o que eu fiz, eu bati a mão no capô do carro e acabei pulando mais pra trás e depois caí inconsciente". Hamilton de Deus Pereira, pai de uma das vítimas, aguardava o corpo ser liberado na Delegacia de Polícia. "Acabou com a minha vida agora né?", disse.
Júlio Baptista estava entre o grupo de jovens que foi atingido. "Foi Deus mesmo. Eu nem vi o que eu fiz", se lembra. "Não sei o que eu fiz, eu bati a mão no capô do carro e acabei pulando mais pra trás e depois caí inconsciente". Hamilton de Deus Pereira, pai de uma das vítimas, aguardava o corpo ser liberado na Delegacia de Polícia. "Acabou com a minha vida agora né?", disse.
Segundo a manicure Lucimara Costa, o grupo de jovens tinha o costume de se reunir todas as noites no terreno em que houve o acidente. "Todas as noites eles ficavam aqui. Era um ponto de encontro deles e eles saiam de casa e iam para lá", disse.
Postado Por :Se Liga Inhapí.
Do: G1.com