Servidores na praça dos Martírios.
Com apoio da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL), os funcionários públicos estaduais vão realizar na próxima terça-feira (11) um ato unificado em defesa dos serviços e dos servidores públicos.
A concentração será às 8h, na Praça dos Martírios, e começará com um café da manhã, seguido de caminhada e visita às secretarias. O ato faz parte da campanha salarial 2013 da categoria.
O movimento unificado dos servidores estaduais reivindica um reajuste de 15%, como forma de repor as perdas inflacionárias e garantir um ganho real com base no crescimento da arrecadação do Estado, de acordo com a negociação acordada e assinada pelo Executivo em 2011, quando implantou uma política salarial para o funcionalismo. Entretanto, o governo do Estado só concedeu 5,83%, índice que é rechaçado pelo conjunto dos trabalhadores.
Segundo a presidenta da CUT-AL, Amélia Fernandes, para não conceder o reajuste reivindicado pelos trabalhadores, o governo do Estado recorre à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Entretanto, um minucioso relatório elaborado pela central sindical revela que a Secretaria da Fazenda manipula os dados financeiros para justificar o arrocho salarial. Esse relatório já foi entregue ao procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá. A CUT-AL também solicitou a Jucá que intermedeie as negociações com o governo.
“O secretário da fazenda, Maurício Toledo, tem a ousadia de afirmar que, como não deduz da despesa corrente líquida a contribuição patronal para o plano de previdência do servidor, não se faz necessário incluir na educação o valor pago da folha de inativos e pensionistas com recursos vinculados para a apuração da LRF”, explica Amélia Fernandes. “Com isso, ele empurra, de forma sorrateira, sua tese, para justificar que o Estado não tem condições de conceder reajuste salarial"
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